O sangue do Tempo
Nós, os deuses que morrem.
Nosso sangue é silêncio e música.
Nosso sangue é feito de silêncio profundo e música infinita.
O Sonho, Morfeu,
assume a forma da Amada.
Orfeu olha para trás, o Passado,
ao sair do Hades;
a Amada, neste instante do Presente,
se desfaz no ar,
e no Futuro, deixa de existir.
Seria possível, aos olhos de um coração, não resistir?
É meia-noite,
e os perfeitos sinos batem.
Nós encerramos,
nossa música prossegue.
Não é impossível, não resistir ao amor,
não resistir à vida,
Memória em Flor...
Márcio Ide Campinas, 30 de setembro de 2011.
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