A Palhacinha
A velha trupe de pobres e mal-tratados mambembes, trabalha na velha esquina, da velha rua, onde passam os passantes, mais pobres e mais maltratados, divertindo as pessoas, distraíndo-as, para que a realidade não as feneça e enfumace. Todos ostentam um pesadíssimo olhar triste. Os jovem artistas, entretanto, levam significativamente muito mais poeira estelar nos olhos.
A menina meiga e formosa e baixinha, dos cabelos louros levemente desbotados de sol e docemente despenteados, porém tão airosa e fresca, os olhos brilhantes de criança, é a caçulinha, e entretanto ela é o coração desta jovem trupe retratada. Seu rosto é fresco de ventos, inocente como um pudim, criança que caça feiticeiras, seus olhos vão orvalhando estrelinhas, numa mão a Rosa, na outra, a Espada.
Eis: A Palhacinha!
Márcio Ide
Campinas, 2 de Janeiro de 2012.
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