terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Flores nas puras mãos: A Palhacinha: Ela


Ela,
ou exercício de flauta.
a Lucíola Feijó  

E aqueles instantes eram mundos,
plenos de ventos e de destinos intermináveis.

Como ela era bela.

Certamente a vida sobrepôs novas feições sobre seu rosto.
Linhas que revelam tão logo fogem indecifráveis.

Vida viva numa face em fluxo.

Quando meus olhos se encontravam com esta pura face
alguma mágica inacreditável acontecia.

Beleza, frescor, leveza precisa.
Falas comigo, quem és? Que és??

Os mundos estão agora pinçados nas fotografias,
E as coleções de instantes agora são outras.

A Luz se fascina e o ar, o lar , no mar compõe.
Impossíveis sublimes tão possíveis...
Toque-a, mas não a retêm.
Contenha-a, mas no seu puro vir a ser.

Os trinados de flauta vão compondo os instantes.
As faces se misturam, se confundem, espraiam.
O segredo se adensa por entre desfiles e festas de olhares.
O diálogo se torna âmago que se torna...    ar.        
Não olhes para trás, à Morte, sorri à Vida que brota de dentro para o Tempo.
Diga ao gigantesco Mundo: flutuo.
Fale ao Segredo de Tempo: te fluo.
                                               
Márcio Ide                  
      Campinas, 22 de setembro de 2011.

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