A rosa na mão
Tão importante quanto pensar, é importante não pensar sobre muitas coisas, inclusive algumas coisas irresistíveis. A comunicação é importante, mas também é preciso não comunicar e viver em silêncios. Há por fim, o tempo de amar, e tão crucial quanto, o de não amar, ou seja, de amar a existência apenas solitariamente. A flor na mão. E o espaço vazio quando a flor não está na mão. Este espaço de tempo. É preciso se entregar a confiança muda e surda dos corações amados, nos limiares, e mais, se lançar sobre o abismo da vida, na queda ela te pega no ar, com seu desfile formidável de encantos. Não poderia ser de outra forma. Esta é... a vida.
Márcio Ide
Campinas, 2 de julho de 2011.
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