sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Um pouco desajeitado, mas em paz e feliz - texto poético

                         Contra Joyce, Rilke e Goethe, nos seus livros de juventude

Ele estava um pouco só, um pouco desajeitado, um pouco desamparado; mas em paz e feliz, devido à graça divina, aos trancos e barrancos da selvagem civilização atual.

                                     Márcio Takeshi Ide

                   Campinas, 25 de Janeiro de 2018.

*É o caminho inverso e invertido de Joyce no seu "Um retrato do Artista enquanto jovem", cuja imitação em português é o "Perto do coração selvagem", de Clarice Lispector, o início da trilha do caminho.

É análogo à inversão do caminho de Kant, de volta à escolástica e a Santo Tomás de Aquino, na "Crítica da Razão Pura", caminho que também percorri, no domínio da filosofia.

"Ele estava só, estava desapercebido; estava feliz, perto do selvagem coração da vida."

                                               James Joyce, in "Um retrato do Artista quando jovem

** "abandonado" no lugar de "desapercebido", na tradução de Lispector, ou a adotada por ela, é equívoco: no original é "unheeded", reforçado pelo contexto, o alter-ego sozinho e desapercebido na praia após ter decidido abandonar a fé, lucidamente. O que se entende pela tradução de Clarice e sua biografia é sua possível questão de TPB, também possível em Joyce, Goethe e Rilke, de acordo com seus livros e suas biografias, transtorno de personalidade emocionalmente instável ou personalidade borderline: o amar e odiar, típico do romântico exemplar, do amor exagerado, sentimental, idealizado, fantasioso; do caminho de Dionísio (pagão, do deus do vinho (e das drogas), das artes e música corrompidas; hoje é o rock and roll, "The Rolling Stones" (a rocha que rola, contra a Rocha firme, Deus; ao jovens, "sexo, drogas e rock 'n'roll"; blues (do inglês, tristeza, melancolia, "fossa", depressão; "Blues etílicos") e jazz para os "refinados" e ao alto poder aquisitivo, com charutos, vinhos estrangeiros ou whisky (sentimentalismo romântico, mas com técnica musical melhor), "sofrência" de raiz, antiga (com cachaça), poética (com vinho ou cerveja), Renato Teixeira ou Paula Fernandes, ou popularesca (com pinga, vodka barata, ou qualquer bebida ou droga), etc, mas tudo, ainda que de forma difusa, ampla e totalitarista, o velho romantismo e humanismo poético, de fonte em Petrarca, Goethe, Mozart, Beethoven, etc. O que fora "alta" arte e filosofia, e hoje foi invertida pela "democracia", a inversão dos valores cristão-católicos em humanistas (pensar) ateístas (quanto a Deus), românticos (no sentir) e liberais (no agir individual, e no social). É a substituição da antiga teologia pela nova, na nova ordem social, lema da revolução francesa: liberdade (econômica e para pecar), igualdade (aparente, enquanto que na realidade, econômica e religiosa se aumenta), fraternidade (aparente e no discurso, enquanto que na realidade a sociologia e a psicologia apontam o mal-estar da modernidade, a multidão solitária, o mundo bipolar, mundo borderlinizado e borderlinizante, stress, hiperatividade e ansiedade, em suma, relacionamentos complicados com o próximo, solidão e infelicidade, contra os valores cristãos e católicos: Obediência, a Deus, aos pais, aos chefes, à autoridade, à Lei divina e social (Césares); Igualdade, as almas são iguais, mas os corpos e suas capacidade são diferentes, então o valor é hierarquia, não igualdade; é o inverso, assim como obediência é o inverso da liberdade, obedecer a Deus é a verdadeira liberdade; hierarquia, Deus, anjos, homens, animais; hierarquia social, que o socialismo/comunismo são contra, e o socialismo democrático também; e por fim, fraternidade, mas a verdadeira fraternidade, dos homens na terra, e depois no Céu, e dos maus no Inferno, e não a ilusão de paraíso terrestre da sociedade elitista tecnocrática, a sociedade exclusivista e excludente atual, mas que no discurso, na aparência prega a igualdade e a fraternidade, embora façam o contrário. Limpemos nossas cabeças e almas, por favor, eliminemos programações mentais diversas, da imprensa aos intelectuais ideológicos, do veneno invisível, na nossa alimentação, que nos leva à indisposição, preguiça (pecado), doença e má vontade; e na nossa cultura e artes, com tantas ideias nefastas ocultas e tão discretas. Verdadeira Saúde, Amor e Felicidade: pela busca, manutenção e/ou apuramento da Verdade, do Bem e do Belo!



     

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