quinta-feira, 20 de junho de 2019

Cartas de amor são ridículas

A técnica de Fernando Pessoa é de uma feitiçaria maligna muito grande. Ela se usa de delicadezas e belezas para enfeitiçar e conquistar o leitor, e depois manipulá-lo como massa de manobra. Por exemplo, neste sentido, esse ridículo das cartas de amor é um desamparo e uma humildade cativante, mas contudo é um laço e uma cilada. Por outro lado, ao contrário, às vezes temos que nos humilhar e fazer o papel de ridículos, de bobos ou de palhaços, para conciliar as coisas, em especial quando estamos por baixo, considerando este mundo mundano. Mas espero que um dia, em outro tempo, seja feita verdadeira exata justiça. E a sincera, honesta e verdadeira humildade, a ingenuidade e desamparo, que não seja usada como laço e cilada, como em Pessoa, mas que a benigna prevaleça...... Neste mundo, que Deus condenou ao pagamento de pena e sofrimento, a própria linguagem e as línguas, infelizmente não são claras. Muitas vezes ambos os lados têm boa intenção, mas muitas vezes entram em choques desnecessários e equivocados, por problemas e insuficiências da linguagem, ou por descuidos mas que não são por malícia, em particular quando o texto escrito não tem tom de voz, e o aspecto formal e o informal são confundidos, bem como o contexto público geral, e o particular específico, onde neste se usa linguagem coloquial, mas que não visa a ofensa. .... ..Em outras palavras, somos responsáveis e agentes na relação entre os significados e as realidades, a verdade e a realidade. Por exemplo, há a rosa física, a rosa cantada num poema, e este pode cantar e dar uma substância e força e beleza muito maior, em alguns casos, ou muito menor em outros. Com a parte objetiva e consciente, que é percebida com clareza e definição, e também a parte misteriosa, que pelo menos por enquanto e para muitos, agora não se pode alcançar deste mistério amplo e profundo descrito.

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